Uma mulher, cuja identidade não foi revelada, foi detida nesta quinta-feira, 27, sob acusação de intolerância religiosa contra a proprietária de uma loja de artigos das religiões umbanda e candomblé em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.
Segundo informações do Blog do Sena, a acusada teria proferido insultos verbais à vítima. Um vídeo registrou a discussão entre as duas mulheres.
Na gravação, a acusada chama a dona da loja de “macumbeira” e “feiticeira”, alegando que estava incomodada com o estabelecimento. A vítima, por sua vez, argumenta que também foi ofendida: “Intolerância dela, que estava me chamando de vagabunda”.
O rapaz que filma o incidente defende a loja, afirmando: “A loja não vai fechar, porque além de Deus, eu também tenho Exú e Pomba Gira na minha frente. Confio nos orixás”. A mulher intolerante rebate: “Vai fechar, sim. A fé de vocês não é de Deus”.
O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 208, tipifica como crime o escárnio público por motivo de crença ou função religiosa, bem como a perturbação de cerimônias ou práticas religiosas e o vilipêndio a atos ou objetos de culto religioso. A pena para esses atos varia de detenção de um mês a um ano, com aumento se houver violência.
Esse incidente destaca a importância de promover a tolerância religiosa e o respeito mútuo, independentemente das crenças individuais. A sociedade deve combater atitudes discriminatórias e garantir que todos possam exercer sua fé livremente, sem temer represálias.


