O investimento de R$ 300 milhões feito pelo banqueiro Daniel Vorcaro para adquirir parte da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Atlético-MG tem uma origem controversa.
Documentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o dinheiro usado na Galo Holding SA partiu de fundos de investimento que estão sob investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por suspeita de servirem para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A descoberta, que envolve um complexo esquema de “fundo sobre fundo”, lança uma sombra sobre a injeção de capital no clube mineiro. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão.
O veículo utilizado por Daniel Vorcaro para deter 26,9% da Galo Holding SA é o Galo Forte FIP. O Sport Insider mapeou o fluxo de capital e descobriu que o dinheiro do Galo Forte FIP está ligado a uma complexa cadeia de fundos, idêntica ao modelo investigado pelo MP-SP no âmbito da Operação Carbono Oculto.
No topo da cadeia investigada pelo MP-SP estão os fundos Olaf 95 e Hans 95, geridos pela Reag Investimentos. Em agosto, a sede de ambos os fundos foi alvo de busca e apreensão.