A chuva que atinge a Bahia desde a noite de quarta-feira (19) tem provocado estragos em diversas partes do estado, sobretudo no interior. Veículos arrastados, casas invadidas por lama e ruas devastadas estão entre os principais problemas enfrentados pela população nas últimas horas.
O estado está sob o efeito de uma frente fria, que coloca 344 das 417 cidades em estado de alerta. Até o início da tarde desta sexta-feira (21), mais de 90 mil raios atingiram o estado, conforme dados do Climatempo.
Os temporais também provocaram fortes ventos, que aumentaram a queda objetos sobre a rede elétrica, como árvores. O problema ocasiona quedas de energia.
Segundo o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) e Defesa Civil estão em alerta, monitorando as ocorrências.
“Eu também ontem falei com a Defesa Civil nacional para garantirmos que essa parceria possam ter as mãos estendidas”, disse Jerônimo.
Em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, um carro foi arrastado pela enxurrada e caiu dentro de um córrego, na noite de quinta-feira. A queda ocorreu por volta das 23h, em meio à forte chuva que atingiu a cidade e provocou alagamentos em diversas vias.
Segundo José Rabelo, morador da rua onde aconteceu o acidente, o local ficou completamente submerso, impedindo a visualização dos limites da via e do córrego, o que contribuiu para o acidente.
O morador pontuou à TV Subaé, afiliada da Rede Bahia na região, que o motorista seguia pela área alagada acreditando estar no caminho correto quando foi surpreendido pela força da água. O veículo acabou sendo arrastado pela correnteza.
Ainda conforme José Rabelo, o condutor quase foi levado pela água e só conseguiu ser resgatado graças à ação rápida dos moradores da região. Usando cordas, vizinhos localizaram o motorista dentro de um esgoto, do outro lado da rua, e conseguiram retirar o homem com vida.
Apesar da duração e do volume da chuva na cidade, a Defesa Civil municipal informou que não houve acionamentos para ocorrências graves, mas equipes monitoram áreas com histórico de alagamento. G1

