A Câmara de Vereadores de Itabuna foi alvo de uma operação deflagrada nesta terça-feira, 20, pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da 3ª Promotoria de Justiça local, com apoio das equipes do Gaeco Sul e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), após suspeita de um esquema criminoso de “rachadinha”.
A operação, de nome ‘Partilha’, cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de um vereador, que inclusive já foi afastado das funções pela Justiça por prazo inicial de 180 dias a pedido do MP. O mandado de busca e de afastamento foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Itabuna. O parlamentar está proibido ainda de comparecer à Câmara e também de manter contato com qualquer uma das testemunhas durante as investigações e trâmite da ação penal.
De acordo com as investigações, desde o início do mandato deste vereador, em janeiro de 2021, valendo-se do cargo, nomeou servidores comissionados na Câmara Municipal e indicou servidor para ocupar cargo temporário na Prefeitura de Itabuna, com a exigência de repasses por parte destes servidores de parte das remunerações recebidas. O que foi apurado até o momento é que a prática era recorrente e contava com a participação de outros agentes. As investigações apontam, por enquanto para a prática do crime de concussão.
Foto: Divulgação | MP-BA