O médico Gabriel Almeida, alvo nesta quinta-feira (27) de uma operação da Polícia Federal por fazer parte de uma quadrilha que fabrica ilegalmente o medicamento para emagrecimento Mounjaro, já foi penalizado pelo Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) após o Tribunal Superior de Ética Médica apontar infrações no código de ética da profissão.
Um aviso oficial foi exposto pela Cremeb no dia 30 de junho deste ano, mas a decisão foi assinada pelo presidente Otávio Marambaia dos Santos 15 dias antes.
Conforme o aviso, o médico foi penalizado por quebrar os artigos 11, 21, 80 e 87 do Código de Ética Médica. Os artigos correspondem às sessões sobre responsabilidade profissional e documentos médicos. Não foi detalhado se foi imposto alguma pena para ele. Confira o que diz cada tópico:
O artigo 11 detalha que os médicos não podem receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de número de registro do Conselho Regional de Medicina.
O artigo 21 aponta que os profissionais não podem deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou infligir a legislação pertinente.
Os artigos 80 e 87 falam sobre os documentos oficiais expedidos pelos profissionais. Os itens indicam que os médicos não podem expedir um documento médico sem ter praticado ato profissional, que seja tendencioso ou não corresponda à verdade. Além disso, previnem para a forma correta de elaborar um prontuário para cada paciente atendido.
Médico Gabriel Almeida é famoso por interações com famosos — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Médico Gabriel Almeida é famoso por interações com famosos — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Nascido na Bahia, Almeida tem um consultório no bairro do Jardim Europa, área nobre da cidade de São Paulo. Em nota publicada nas redes sociais, Gamil Föppel, advogado do médico, afirmou que Gabriel Almeida não fabrica, não manipula e não rotula qualquer espécie de medicamento. (Veja nota completa ao fim da reportagem)
O consultório Núcleo GA (Gabriel Almeida) funciona na Avenida Brasil, bairro de mansões nas proximidades do Parque Ibirapuera, na Zona Sul da capital. G1