O homem suspeito de cometer assaltos a banco, chamado André M. de J., o “Buiú”, foi preso comemorando o réveillon no Mato Grosso do Sul. Além dos assaltos, ele é suspeito de integrar uma ação que terminou com um subtenente morto e outros três militares baleados na cidade de Itajuípe, no sul da Bahia.
Segundo informações da Polícia Civil, “Buiú” estava em uma chácara de luxo com mais 12 pessoas, no município de Bonito. Ele foi preso em flagrante por uso documentos falsos e por ter três mandados de prisão em aberto.
André M. estava preso no Complexo Penitenciário de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ele foi liberado pela Justiça para uma saída temporária mediante ao uso de tornezeleira eletrônica, em 27 de setembro do ano passado.
O equipamento de monitoramento foi instalado às 13h30 e o detento deixou a unidade prisional por volta das 13h50. Segundo o g1 bahia, as buscas por “Buiú” foram iniciadas ainda na tarde de terça, depois da Secretaria de Administração Prisional (Seap) relatou a violação da tornozeleira, às 14h36, na BR-324, nas proximidades da cidade de Candeias.
O suspeito também era apontado como integrante da Orcrim Movimento Povo Atitude (MPA), facção ligada a Orcrim Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua com tráfico de drogas e roubo a bancos no extremo sul da Bahia.
A SSP-BA informou que o suspeito participou do ataque contra uma transportadora de valores, na cidade de Eunápolis, extremo sul da Bahia, em 2018. As investigações apontam ainda que ele também tinha envolvimento com homicídios, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.
Operação com PMs baleados
Segundo informações da SSP-BA e do g1 bahia, uma equipe da Polícia Militar foi até uma pousada em Itajuípe e fez abordagens no local após a chegada de relatos de que “Buiú” estaria no estabelecimento.
Conforme o órgão, quatro militares teriam reagido e foram baleados. Dois deles fariam a segurança do então candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), que teria agenda de campanha em Coaraci, município vizinho. O caso é investigado pela Corregedoria da PM.
O segurança do político, que era subtenente da Polícia Militar foi identificado como Alves. Alves estava com o colega, sargento D’Almeida, fora do serviço militar. Os tiros que atingiram os dois policiais partiram da Polícia Militar e não tiveram relação com a campanha política, de acordo com a corporação.
O sargento D’Almeida foi socorrido e levado para o Hospital de Base de Itabuna, onde ficou internado. Os outros dois policiais que também ficaram feridos na ação não iriam trabalhar na campanha de ACM Neto.