O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), voltou a defender nesta terça-feira, 15, o pedido de autorização para contratação de um empréstimo no valor de R$ 300 milhões. Um projeto de lei foi encaminhado à Câmara Municipal para avaliação dos vereadores quanto à solicitação de crédito.
Segundo Bruno Reis, pedidos de empréstimo são comuns nas gestões públicas e a oposição precisa ter cuidado ao criticar a operação, correndo o risco de expor uma incoerência em relação ao governo da Bahia, que solicitou na última sexta-feira, 11, mais de R$ 1,7 bilhão em créditos.
“É comum os governos pedirem empréstimo. Se tem capacidade para pedir, é natural. São mais investimentos, é mais patrimônio público e alavanca a economia. Eu era deputado estadual e quando um projeto chegava indicando que era para investimento e quais eram as ações, eu votava a favor”, afirmou Bruno Reis.
“O governo mandou para a Assembleia [um pedido de autorização para contratação de um empréstimo no valor de] R$ 1,7 bilhão. E não é o primeiro. Já tivemos outros aprovados neste ano. Então não tem porque ter dificuldade. Que argumento a oposição vai ter na Câmara Municipal, se chegar no CAB e os seus colegas de partido, correligionário, estarem defendendo o empréstimo? É até incoerência. A política não tem mais espaço para essas coisas”, complementou o prefeito.
De acordo com Bruno Reis, não há acordo prévio com nenhum banco para a operação. A ideia da prefeitura é realizar uma chamamento público, para que instituições bancárias públicas e privadas façam suas propostas, deixando a gestão municipal selecionar a opção com menor taxa de juros e maior carência para pagamento.
“Os bancos públicos e privados vão poder disputar. É uma licitação. Hoje, é gente batendo na porta da prefeitura. Esse financiamento é uma provocação do governo federal. O governo federal está estimulando as prefeituras a contrair financiamentos, para ajudar nos investimentos e para a economia crescer. Aí, nós vamos fazer o chamamento. Caixa pode participar, Banco do Brasil pode participar, bancos nacionais e internacionais. Qual vai ser aquele que vai contrair o financiamento? Quem der os menores juros e a maior carência”, apontou Bruno Reis.
O gestor municipal voltou a dizer que esse tipo de operação só é possível porque o mercado financeiro vê na prefeitura de Salvador uma boa pagadora, com as contas em dia.
“Eu tenho certeza que, pela capacidade que hoje a prefeitura tem, todo mundo quer emprestar dinheiro, todo mundo quer trabalhar com a prefeitura, porque sabe que nós temos uma situação financeira que permite à gente honrar os nossos compromissos”, se gabou o prefeito.
Ainda conforme informações repassadas pelo prefeito, os R$ 300 milhões que devem ser contraídos em empréstimo devem ser direcionados à requalificação das orlas de Periperi, Escada e Praia Grande; à construção da Arena Multiuso, na Boca do Rio, com ginásio poliesportivo e espaço para shows; 271 unidades habitacionais na comunidade do Pé Preto e Nordeste de Amaralina; e a requalificação de toda a Rua Almirante Tamandaré, que é a principal rua do bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Fonte: A Tarde