As equipes percorrem as ruas da cidade, realizando observações e entrevistas, para reunir as informações que irão nortear as ações da gestão municipal para este público. Para o secretário da Sempre, Junior Magalhães, “as informações contidas no relatório final deste mapeamento serão extremamente relevantes para guiar as nossas ações e atividades para a população em situação de rua”.
“Já temos uma equipe que atua diariamente para atendimento desse público, que são os profissionais do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), que possuem um entendimento sobre essa realidade. Mas a pesquisa trará dados estatísticos, ainda mais detalhados e bem específicos que contribuirão para aprimorar o trabalho. Assim, conseguiremos ofertar os serviços socioassistenciais de forma mais assertiva, que promovam a ascensão social desses indivíduos”, salientou.
As etapas de preparação do Censo envolveram reuniões técnicas, articulações institucionais, grupos focais de discussão, oficinas de georreferenciamento, produção de materiais técnicos, mapas da cidade, estabelecimento de metodologias, dentre outras ações necessárias para a efetividade da pesquisa.
Atendimento – Na fase atual, a equipe multidisciplinar de agentes de campo, formada por 106 profissionais de diversas áreas do conhecimento, irá aplicar cerca de 1.400 entrevistas, que são questionários amostrais, uma tática de pesquisa mais extensa, que visa colher mais dados qualitativos.
A equipe de agentes de campo é composta por educadores sociais de rua, profissionais diversos com experiência de estudo, atuação, atendimento na área de trabalho com a população em situação de rua, bem como agentes sociais, lideranças comunitárias e estudantes universitários. Essa diversidade de perfis é parte da concepção metodológica do Censo e visa justamente agregar diferentes olhares e possibilidade de colaboração e participação social.
Nesse sentido, na equipe de 106 agentes de campo se incluem também pessoas com trajetória de rua, catadores de materiais recicláveis, bem como pessoas que se encontram em situação de acolhimento institucional.
A expectativa é que, ao final, o Censo de População em Situação de Rua demonstre as características desse público estratificado por faixas etárias e que aponte as situações de vulnerabilidade e violações de direitos vividas, bem como demais informações que indiquem os motivos e necessidades de ida e permanência nas ruas para esta parcela da população.
Texto: Ascom/ Sempre