Entre os grandes investimentos que estão sendo realizados pela Embasa para garantir o bom funcionamento dos serviços prestados pela empresa em Salvador, está a obra de recuperação de um interceptor de esgoto, uma tubulação de grande com aproximadamente 2,5 quilômetros de extensão na Av. San Martin, entre o Largo do Tanque e o Retiro. O investimento é de R$ 40 milhões e prevê a recuperação desse equipamento responsável por transportar os esgotos domésticos das redes coletoras de 22 bairros da capital baiana, entre eles Paripe, Periperi, Plataforma, Lobato (subúrbio ferroviário), Liberdade, Pirajá e Retiro. Com a intervenção, a Embasa garante a funcionalidade dessa estrutura por mais de 50 anos.
De acordo com a diretora de operações da região metropolitana, Manuella Andrade, uma das grandes preocupações da Embasa são os impactos que uma obra desse porte pode gerar no dia a dia da população. Por isso, a empresa está utilizando um método não destrutivo de tecnologia alemã pelo qual a tubulação a ser recuperada é revestida internamente, criando uma nova tubulação, com o mínimo de escavações e menor impacto no trânsito.
Para não interromper o funcionamento do sistema de esgotamento sanitário da região durante a obra, a empresa está desviando o fluxo de esgoto por meio de tubulações provisórias. “O método de revestimento interno permite que não sejam necessárias grandes escavações, como ocorre no método convencional com a substituição da tubulação, ou seja, os impactos são minimizados. Na utilização das tubulações provisórias, as valas são de baixa profundidade, o que possibilita um reaterro, compactação e repavimentação mais rápidos, tornando a obra mais limpa e eficiente”, explica Fabrício Vieira, gerente do setor de Elevatórias e Transporte de Esgoto da Embasa.
Sinalização
O trabalho de escavação para assentamento da tubulação provisória é realizado no período noturno, bem como o reaterro e a colocação do solo brita, evitando transtornos no trânsito da avenida. Durante o dia, os operários realizam a manutenção da pavimentação em solo brita até a colocação do asfalto. Fabrício destaca que a obra possui orientador de trânsito credenciado, placas de sinalização e velocidade durante todo o dia e noite, além de Painéis de Mensagem Variáveis (PMV), em alinhamento com a Transalvador. Também foi necessária a execução de uma lombada provisória que segue as normativas de trânsito.
Iniciada em julho deste ano, a obra é fundamental para garantir a funcionalidade do sistema de esgotamento da cidade, com conclusão prevista para março de 2024. “Com cerca de 30 anos de idade, esse interceptor será inspecionado, limpo e recuperado. Como a tubulação é de concreto, ao longo do tempo a estrutura foi naturalmente se desgastando devido à ação dos gases e acúmulo de materiais. Após a aplicação da manta de fibra de vidro nas paredes internas da tubulação, a previsão de vida útil alcançará de 50 a 70 anos”, diz Manuella.
Fonte: Ascom/Embasa