A greve dos professores municipais de Salvador completa 30 dias nesta quarta-feira (4) e mais de 130 escolas da capital continuam sem aulas. Até o momento, a categoria de trabalhadores e a prefeitura ainda não chegaram a um acordo.
A greve ocorre em meio à campanha salarial da categoria, que exige o pagamento integral do piso nacional. Já a gestão municipal argumenta que a maioria dos professores já recebe acima do piso.
Entenda o impasse:
O que dizem os professores
Os professores da rede municipal deflagraram a greve no dia 6 de maio. De acordo com a APLB-Sindicato, a categoria havia recebido uma proposta de reajuste salarial da prefeitura no dia 29 de abril, que previa um reajuste linear de 4% no salário.
A categoria rejeitou a proposta e declarou a greve sob a argumentação de que o aumento era insuficiente para garantir o salário mínimo conforme a Lei do Piso do Magistério. O valor de R$ 4.867,77 foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), no dia 31 de janeiro, e fixado como o novo piso nacional do magistério para 2025.
No dia 7 de maio, a categoria realizou um protesto na Estação da Lapa para marcar as reivindicações. Os professores da rede municipal exigem o pagamento integral do piso salarial nacional, que, segundo a APLB-Sindicato, está defasado em mais de 58%. Além disso, também reivindicam a climatização das escolas, materiais pedagógicos e valorização profissional.
No mesmo dia, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ordenou, em decisão liminar, a suspensão imediata da greve em um prazo de 24 horas. A determinação previu ainda uma multa diária de R$ 15 mil ao sindicato, caso não fosse cumprida.
Mas os professores ignoraram a decisão da Justiça e mantiveram a mobilização. No dia 22 de maio, quando o reajuste proposto pela prefeitura foi aprovado, a categoria começou a tarde com um protesto em frente ao Centro de Cultura da Câmara de Vereadores de Salvador, na Praça São Tomé de Souza.G1