As artes baianas perderam, na noite desta quarta, 4, o artista visual e cineasta Chico Liberato, que deixa uma vasta obra em diversas linguagens, tendo se destacado em expressões a exemplo do cinema, desenho, pintura, escultura, gravura e design gráfico. Ele tinha 87 anos e vinha enfrentando problemas de saúde nas últimas semanas. A causa da morte não foi divulgada pela família.
Chico iniciou a trajetória artística no início dos anos 1960. Participou de diversas exposições coletivas, como a I Bienal de Artes Plásticas da Bahia, em 1966, e Bahia Década 70 – no Instituto Goethe. Realizou também diversas mostras individuais, no Brasil e no exterior.

Com um estilo inconfundível, de cores vibrantes e temas que destacam a cultura brasileira, do imaginário sertanejo a visões místicas ligadas à religiosidade, Chico Liberato é um pioneiro do cinema de animação no Brasil, tendo realizado o filme “Boi Aruá” (1983), que recebeu diversas premiações nacionais e no exterior. Em 2014 lançou outro longa-metragem, “Ritos de Passagem” – em ambos os filmes contou com a colaboração de Elomar, autor das músicas-tema.

Casado com a também artista plástica e escritora Alba Liberato, o artista deixa cinco filhos – Cândida-Luz, Tito, o músico João e as atrizes Flor e Ingra Liberato. Entre os anos de 1979 e 1991, Chico foi diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) e por cerca de dez anos coordenou a área de artes visuais e multimeios da Diretoria de Imagem e Som da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
De acordo com divulgações da família, o seputamento do artista está programado para as 17 horas de hoje, no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas.
