Na mesma velocidade com que sofreu gols do Flamengo na histórica goleada do Maracanã, o Vitória sacudiu a poeira e deu uma resposta dentro de campo ao vencer o Atlético-MG por 1 a 0, no Barradão. A reação veio com muita entrega dos jogadores e o apoio irrestrito de uma arquibancada ocupada por quase 29 mil torcedores na noite do último domingo [assista aos melhores momentos acima].
As limitações técnicas não foram resolvidas em uma semana, mas o Vitória buscou na identidade rubro-negra as soluções emergenciais para o cenário de crise e encontrou respostas. O time foi comandado de forma interina por Rodrigo Chagas, ex-jogador formado na base do clube, e que recorreu à Fábrica de Talentos para escalar o Leão.
Paulo Roberto, lateral de 19 anos, colocou um ponto final nas improvisações de Lucas Braga e Edu na lateral direita. Camutanga, que não é formado no clube, mas tem a identificação conquistada em um passado recente, também esteve entre os titulares de um vibrante Vitória contra o Atlético-MG.
O resgate da identidade e a entrega dos jogadores dentro de campo foram as principais marcas do Vitória contra o Atlético-MG, mas o Rubro-Negro não teria vencido a partida sem uma boa dose do talento de Erick, que marcou mais um golaço no Barradão, praticamente redesenhando a obra que pintou contra o Palmeiras, algumas semanas atrás.
E depois de tanto sofrimento durante as últimas seis rodadas em que o time não venceu, até a sorte voltou a sorrir para o Vitória, salvo pela trave no segundo tempo, quando o Atlético-MG era melhor no jogo e ensaiou repetir um roteiro que traumatizou jogadores, torcedores e ajudou a derrubar treinadores no Barradão.
O suor de uma entrega incondicional durante 90 minutos virou lágrimas nos rostos de alguns jogadores depois do apito final. O Vitória voltou a vencer e, mais que somar três pontos, resgatou a honra perdida há uma semana e mostrou que ainda há muito pelo que lutar nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. FONTE GE