A PEC da transição para a manutenção do Auxílio Brasil são as principais pautas da equipe do governo eleito neste momento. Entretanto, ainda não se fala em nomes de possíveis ministros para o governo a partir de 2023. Lula prometeu definir os ministérios pastas assim que voltar de viagem do Egito, onde participa da COP27, a conferência do clima. Mesmo assim, os indicados por Luiz Inácio Lula da Silva PT para discutir a transição econômica chamou a atenção como possíveis nomes para ocupar o Ministério da Economia futuramente. Pérsio Arida e André Lara Resende são liberais e acreditam numa menor interferência do Estado na economia. Os dois economistas ajudaram a criar o Plano Real em 1994, quando o Brasil enfrentava a crise com a hiperinflação. Arida defende uma reforma tributária sobre o consumo. Ele já apontou erros da gestão do PT e alertou para o novo governo não começar com uma má impressão, usando a renúncia da britânica Liz Truss como exemplo. Resende defende ideias consideradas exóticas pelos investidores. Ele sugeriu que as políticas monetária e fiscal, como controle da inflação, selic e contas públicas fossem administradas por um comitê entre o Banco Central e o BNDES, algo parecido com o Copom.
Barbosa e Mantega já são mais experientes na Esplanada dos Ministérios. Ambos economistas foram ministros da Fazenda durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Barbosa foi responsável pelo estudos sobre desoneração tributária do governo Dilma. Entre 2011 e 2014, ele ajudou a criar ações como o maior controle do câmbio, que fez o real desvalorizar mais perante ao dólar, e tentou forçar a redução de juros e das tarifas de energia. O italiano Guido Mantega ocupou vários cargos e ministérios durante os 14 anos do PT na Presidência. Ele não está diretamente na equipe de transição econômica, mas é responsável pela área de planejamento e gastos públicos. Em 2011, ele defendeu o uso de bancos públicos para estimular investimentos e gerar emprego. Em 2014, ele segurou o preço dos combustíveis enquanto Dilma disputava as eleições contra Aécio Neves (PSDB). Os acionistas da Petrobrás perderam bilhões na época. Assim que Dilma venceu pelo segundo mandato, o preço da gasolina sofreu reajuste.