Com a criação do Distrito Cultural do Centro Histórico e Comércio pela Prefeitura de Salvador, na última quinta-feira (27), a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) está desenvolvendo uma série de ações, para promover o ordenamento dos vendedores ambulantes que atuam na região. O objetivo é garantir um ambiente mais organizado e harmônico, contribuindo para a preservação desse que é um dos patrimônios culturais da Humanidade presente em Salvador.
A Semop praticamente dobrou o número do efetivo para mais de 30 agentes, que atuam diariamente, desde 7h da manhã à 0h, para que a fiscalização e o ordenamento sejam contínuos e os ambulantes locais estejam devidamente identificados. O órgão também já deu início ao recadastramento dos ambulantes que trabalham no Pelourinho, identificando a atividade, o período em que atuam e os materiais utilizados.
“Aumentamos o efetivo de agentes no Pelourinho e toda aquela região, com apoio das Diretoria de Iluminação e Serviços Públicos (Dsip), além da Guarda Civil e Codecon, unindo forças para entregar um serviço de qualidade. Estamos fazendo o recadastramento dos trabalhadores informais, distribuindo novos fardamentos de identificação, ou seja, mais segurança para eles e também para os frequentadores, que irão saber que aquele trabalhador é licenciado pela Prefeitura”, destaca o titular da Semop, Luciano Ribeiro.
A estimativa é de 300 ambulantes atuando na região, média que pode variar de acordo com o período, a ocorrência de festas e a chegada de cruzeiros ao porto de Salvador. Aqueles cujos materiais não estão mais em condições de uso estão recebendo novos equipamentos, a exemplo de coletes de identificação, caixas térmicas para o melhor acondicionamento de bebidas e sombreiros, para a proteção do sol e da chuva.
“O Pelourinho está ganhando uma nova roupagem e atuação incisiva de todos os órgãos municipais, para fazer desse ambiente artístico e cultural, com grande representatividade na nossa história, um lugar seguro e mais organizado”, afirma o diretor geral de Serviços Públicos, Alysson Carvalho.
As equipes de licenciamento e fiscalização estão atuando, diuturnamente, no recredenciamento. Depois, o órgão fará uma delimitação, visando manter o controle e ordenamento dos ambulantes. Ainda assim, aqueles que não consigam ser listados no período da fiscalização, poderão fazer o licenciamento diretamente na Semop.
“O nosso objetivo é que todos consigam conviver nesse novo ambiente de maneira integrada e que possam se identificar como guardiões do Centro Histórico, preservando a nossa cultura e fazendo com que ela se estabeleça da melhor maneira possível”, completa o gestor.
Diálogo – As ações da Semop ocorrem em diálogo com as lideranças locais do comércio informal e artistas de rua. Nos próximos dias, o órgão vai se reunir com representantes de pintores tribais, para discutir sobre credenciamento e forma de trabalho, que ocorrerá com a utilização de colete e de crachás. A intenção é que a tinta utilizada para pintar o corpo com os famosos tribais siga recomendação da Vigilância Sanitária, para que não haja nenhum prejuízo à saúde do consumidor.
A reunião terá a presença do Coronel Humberto Costa Sturaro, nomeado para comandar a Prefeitura-bairro do Centro Histórico e Comércio, e do diretor de Turismo de Salvador, Gegê Magalhães.
Presidente da Associação Integrada de Vendedores Ambulantes e Feirantes de Salvador, Rosemário Lopes considera importante que os vendedores ambulantes sejam orientados e preparados para lidar com os visitantes, na região do Pelourinho.
“De fato, é necessário que essas pessoas se preparem para vender seus produtos da forma correta, sem agredir aqueles que estão passeando, e que, dessa maneira, possam tirar o sustento de cada dia. Boa parte da economia de Salvador vem do comércio de rua, então os ambulantes precisam ser olhados de uma maneira muito atenciosa, com muito carinho e dedicação. A nossa cidade é fomentada pelo comércio de rua”, diz.
Fotos: Bruno Concha/Secom
Reportagem: Priscila Machado/Secom