Registrado na madrugada desta terça-feira (tarde de segunda, 22, no Brasil), o sismo teve seu epicentro na região chinesa de Xinjiang, a 140 km da cidade de Aksu, e atingiu 13 km de profundidade. Autoridades enviaram uma equipe ao local e cerca de 800 pessoas estão prontas para atuar nos trabalhos de resgate, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
No condado chinês de Akqi, seis pessoas ficaram feridas, duas delas “gravemente”, segundo uma publicação na rede social Weibo do governo regional de Xinjiang. De acordo com o mesmo comunicado, 47 edifícios desabaram e outros 78 foram danificados.
Imagens divulgadas nas redes sociais chinesas mostram aparelhos eletrodomésticos caindo no chão enquanto o terremoto sacudia as casas. Em outras imagens divulgadas pela televisão estatal CCTV, bombeiros são vistos entrando em um prédio com paredes rachadas, onde a polícia atende um ferido.
Emissoras de televisão de Nova Délhi também reportaram fortes tremores na capital indiana, localizada a cerca de 1.400 km de distância. Um morador de Aksu disse à Xinhua que as pessoas saíram correndo de suas casas no meio do tremor, apesar da temperatura matinal gelada de -10°C.
Réplicas
Cao Yanglong, que se encontrava em Aksu a negócios, disse à Xinhua que estava no 21º andar de um hotel e sentiu como se o estivessem sacudindo para tirá-lo da cama. Após o primeiro tremor em Xinjiang, foram registradas três réplicas na região, com magnitudes entre 5 e 5,5.
Em Bishkek, capital do vizinho Quirguistão, o terremoto fez as paredes tremerem, e as pessoas fugiram de suas casas para se abrigarem nas ruas, segundo um jornalista da AFP.
Bohobek Ashikeev, do Ministério de Situações de Emergência do Quirguistão, disse em mensagem de vídeo que “não foram registrados danos nem baixas na cidade de Bishkek”.
O tremor aconteceu um dia depois de um deslizamento de terra que soterrou dezenas de pessoas e causou pelo menos oito mortes no sudoeste da China.
Em dezembro, um terremoto no noroeste do país causou 148 mortes e obrigou milhares de pessoas a deixarem suas casas na província de Gansu. Foi o tremor mais letal registrado na China desde 2014, quando mais de 600 pessoas perderam suas vidas na província de Yunnan, no sudoeste do país. Nesse tremor, as temperaturas abaixo de zero tornaram a operação de resgate ainda mais difícil.