De nada tem adiantado o plantão de jornalistas e fotógrafos, em frente à cobertura do luxuoso apartamento em frente à praia de Aparecida, entre o posto 5 e 6, em Santos.
Assim como também no condomínio Acapulco, no Guarujá, onde ele tem uma mansão.
“Robinho foi para o sítio de um amigo, no Interior de São Paulo. Não quer contato nenhum com a imprensa. Só tem falado muito com seus advogados. Ele está preocupado”, revela uma pessoa muito próxima ao jogador.
A paz de Robinho acabou.
Nada de passeios de bicicleta pela orla e patinete eletrônico pela cidade.
Muito menos jogos de futevôlei no posto 3, onde foi ‘traído’ por um dono de barraca de praia, que o fotografou ao lado do amigo e ex-jogador Diego Ribas.
Tudo já havia ficado muito mais pesado com a prisão de Daniel Alves, na Espanha, acusado de estupro.
A ligação foi imediata.
A opinião pública brasileira e espanhola não cansou de lembrar do atacante que disputou duas Copas do Mundo pela Seleção: a de 2006 e 2010. Ganhou duas Copas das Confederações (2005 e 2009). Além da Copa América de 2007.
Porque Robinho virou o símbolo da impunidade dos jogadores de futebol brasileiros.
Ele foi condenado a nove anos de prisão na Itália por ter participado de um estupro coletivo de uma mulher embriagada, que festejava 23 anos, em Milão, em janeiro de 2013. Ou seja, há mais de dez anos.
“Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”, disse o jogador, de acordo com a polícia italiana, que colocou escutas no celular do atacante.
Robinho recorreu três vezes da condenação. Não foi à Itália acompanhar os julgamentos dos recursos porque poderia ser decretada sua prisão preventiva. Até que a Corte de Cassação de Roma não acatou o último recurso, em janeiro de 2022. E foi decretada a ordem de prisão.
Seu nome foi repassado pela Interpol, ele não poderia pisar em 195 países, que seria preso e extraditado para a Itália.
Desde outubro de 2020, ele está no Brasil, que não extradita seus cidadãos natos.
E nunca mais foi para o Exterior.
Tentou voltar a jogar no Santos, mas os patrocinadores e a opinião pública se rebelaram por conda da condenação por estupro. O filho de Pelé, Edinho, seu amigo particular, tentou que jogasse no Londrina, equipe que é treinador, ainda este ano. Mas a rejeição a Robinho foi imensa. E a ideia abandonada.